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sábado, 20 de novembro de 2010

Hoje eu respiro tão fundo que posso sentir aquele cheiro, mesmo que de muito longe. Tão fundo que as cinzas dessa lareira hoje impregnam meus pulmões, da superfície até o mais escondido de seus alvéolos. É essa vontade de tudo ter. É essa insana paranóia de dobrar esquinas, impulsionado pela ilusão de, a cada novo horizonte, encontrar a pessoa-motivo para seguir reto. Mas eu só vejo que estou andando em círculos após dobrar a quarta esquina. Vou a pé e, talvez por isso, ignoro todas essas placas que foram feitas pros carros, em que casais apaixonados sorriem com seu amor de ar-condicionado. Pega teu carro e vai. Liga teu amor-condicionado.

(Lucas Silveira)
Hoje eu respiro tão fundo que posso sentir aquele cheiro, mesmo que de muito longe. Tão fundo que as cinzas dessa lareira hoje impregnam meus pulmões, da superfície até o mais escondido de seus alvéolos. É essa vontade de tudo ter. É essa insana paranóia de dobrar esquinas, impulsionado pela ilusão de, a cada novo horizonte, encontrar a pessoa-motivo para seguir reto. Mas eu só vejo que estou andando em círculos após dobrar a quarta esquina. Vou a pé e, talvez por isso, ignoro todas essas placas que foram feitas pros carros, em que casais apaixonados sorriem com seu amor de ar-condicionado. Pega teu carro e vai. Liga teu amor-condicionado.

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